O mágico Adriano Mateus do Amaral (Magia negra), propôs-se fazer magia branca para explorar a sua capacidade de manter contacto com o mundo espiritual, através do poder divino de inteligência e concentração.
E assim começou por fazé-lo pela primeira vez em 1982, durante uma actividade recente da cidade de Luanda. Adriano Mateus do Amaral, sob olhar atento e curioso do grande público, fez aparecer um ovo no boné de um militar.
O mágico ora conhecido, acabava de pôr em prática os ensinamentos que aprendera com o seu irmão mais velho e que assimilou durante as leituras permanente, preferencialmente em livros sobre aquela arte.
Além da influência do irmão, na altura em pelo exercício da arte de magicar, tinha um professor tremendamente apaixonado pela mágica e um acerto recheado de material bibliográfico. Adriano Mateus do Amaral servia-se dos livros para aumentar os seus conhecimentos e pensar na possibilidade de um dia poder vir a pôr tudo em prática. Mas a indecisão tomava conta dele, uma vez que iniciava a sua frequência num curso no seminário para ser padre.
Lé Kejo confessa que as suas práticas, cujos truques não podem ser revelados a quem não seja mágico, não têm nada a ver com o feiticismo, a chamadas magia negra, embora tenha sido várias vezes confundido pelo público, talvez pelo sangue negro e puramente africano que lhe corre nas veias. Constitui uma das excepções entre os africanos que hereditariamente tendem para este tipo de magia.
A arte retractada nas diferentes páginas dos muitos livros que leu, não garantiu, por si só, o sucesso no seu desempenho. Adriano Mateus do Amaral, além de ter seguido os passos do mestre Neto Magia, aperfeiçoou os seus conhecimentos durante a frequência de um curso básico de mágicas na Alemanhã.
Já representou o país por três vezes em festivais internacionais de mágica, na Alemanhã (1988), Cuba (1990) e Portugal (1992). Em Angola em 2004 com MÁGICOS SEM FRONTEIRAS DO CANADÁ em Luanda e Bié. Actualmente, as as suas poucas exibições circunscrevem-se em pequenos círculos no âmbito de actividades músico – culturais , promovidas por agências promotoras de espectáculo em colaboração com o Ministério da Cultura.
Por incrível que pareça, Lé Kejo, revestido dos poderes mágicos, faz desaparecer uma pessoa, põe-na suspensa no ar e corta-a ao meio. Consegue, igualmente, engolir lâminas e lâmpadas sem causar rasgos nos órgãos internos do corpo.
A sua magia é resultado da busca constante, atravez de muita pesquisa e leitura, do aperfeiçoamente e domínio de novas técnicas como, por exemplo, para transformar uma pessoa numa aranha. Mas, o exercício é limitado porque não tem a possibilidade de trocar experiência com outros artistas com uma realidade diferente e mais desenvolvida no domínio desta arte.
“Para lá do entretenimento, a magia é um traço cultural muito forte e mais sério do que as pessoas pensam. É necessário perder-se muitas horas de sono, fazendo grande esforço mental para atender as expectativas do público exigente e para a satisfação pessoal”.
Lé Kejo pede auxílio e protecção de Deus para concretização dos objectivos que persegue cada exibição. Alías, tem-no como fonte de inspiração o seu filho Jesus Cristo, tido como o melhor mágico do mundo, o modelo autêntico e verdadeiro para imitação.
Quanto a falhas, admite ser susceptível de acontecer como em qualquer outra profissão, mas quando tal sucede é ou porque se está perante um clima bastante tenso ou porque há interferência com espíritos malignos.
Nome: Adriano Mateus do Amaral
Natural de: Luanda
Nacionalidade: Angolana
Prato preferido: Batatas fritas com bife
Mágico que admira: Bideu
Desporto: Futebol
Músico: António Paulino e Santocas
Hobbie: Ler muito sobre mágica